quinta-feira, 20 de maio de 2010

Good Hair! Impressionante!




Em um belo dia uma linda menina afro-americana de 6 anos chamada Lola, pergunta ao seu pai, Chris Rock, porque seu cabelo não é "bom". Essa indagação comove o pai que ao mesmo tempo se indaga de onde uma criança de 6 anos tirou isso! Para reponder tal pergunta e saber como os americanos de origem africana "arrumam" suas cabeleiras, ele se lança numa verdadeira busca através dos salões étnicos dos EUA, interrogando desde de personalidades de horizontes diversos como Ice-T, Kerry Washington, Nia Long, Raven Symoné, Maya Angelou, e ainda o reverendo Al Sharpton; até mulheres negras americanas comuns, donas de casas, trabalhadoras  que são capazes de gastar em uma só tacada 1000 dólares em extensões e apliques no cabelo!

Com muito humor, Chris trata de uma questão que muitos poderiam levar à sério, mas...
Ao encontrar  especialistas, responsáveis por laboratórios, ele os interroga a que tal ponto os alisantes de cabelo, que não deixam de ser  produtos químicos, são perigosos tanto para os cabelos como para a saúde em geral de mulheres que fazem de tudo para tê-los lisos! Porque para elas ter um " bom cabelo", ou seja, lindo, leve e solto, é ter um cabelo liso! Pois como diz a atriz americana Tracie Thoms, do seriado Cold Case, "Existe uma pressão para você alisar seus cabelos".
 Alguns podem perceber no filme a falta de uma firme posição sócio-política , pois o reverendo Al Sharpton é a única celebridade que toca em assuntos raciais salietando que são os afro-americanos que usam a maioria esmagadora destes produtos de cabelo enquanto que as companhias que as vendem são monopolizadas por coreanos, chineses... Enfim, asiáticos... Ou seja, um comércio cujos os benefícios não retornam para os bolsos da comunidade que o sustenta.
Um maravilhoso e cativante documentário que realmente mostra o quanto alisar um cabelo não é tarefa fácil, o quanto o cabelo é um "dado" importante para a identidade da comunidade negra nos USA, um incentivo para olharmos um pouco para o nosso próprio umbigo.