quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Ma petite cuisine

Não, este não é um blog de culinária, ou de cuisine française ou bresilienne. Mas gostaria de dizer que eu gosto muito de cozinhar, e descobrir isto depois que me casei. Aliás, há pouquíssimo tempo eu aprendi a cozinhar, ou seja, dois anos. Perante a uma das vissitudes dessa vida, me vi obrigada a aprender. Aprender mesmo! Um de meus irmãos mais novo, o César, ficou bastante doente, necessitando ser hospitalizado urgentemente. Na primeira semana, tudo bem, minha mãe antes de ir para o hospital, fazia a comida para o dia todo, e eu ia cuidar dos meus afazeres cotidianos. À noite, meu pai, e meu irmão caçula e eu revezámos no hospital. Pensava eu que logo, logo o César ia se recuperar, voltar para casa e tudo voltaria ao normal. Ledo engano. Minha mãe precisou se dedicar completamente a ele e praticamente não tinha mais tempo para nós. E numa família de duas mulheres e três homens, e se apenas uma dessas duas mulheres sabe cozinhar, como fica o resto? Então, num belo dia, chamei minha vizinha e disse-lhe: quero que a senhora me ensine a cozinhar, a senhora faz, vou olhando, ajudo-lhe no que for necessário. Bem, depois da lição, pra quem antes não sabia nem perceber quando o arroz estava bom, e muito menos destrinchar uma galinha, e agora sabe fazer de feijoada à strogonoffe de atum, já está de bom tamanho!
Valeu D. Madalena!

Saudades de Cuba, saudades de Havana...

Hoje, não sei o porquê, bateu uma saudade de Cuba, de Havana, seu Centro Histórico Urbano de la Habana Vieja, suas fortificações ao tempo da colonização espanhola, as residências em estilo colonial. Seu povo bonito, educada, extremamente simpática! A brisa do mar, suas águas raivosas batendo no rochedo, as praias... Agréable!
Porém, infelizmente, lamento muito pela sua situação do povo cubano, tudo é difícil em Cuba (ou inexistente): um bom transporte público, a situação de seus prédios históricos é lastimável, estão se deteriorando. Constatei aqui e acolá sinais de reforma, mas muito lento, não tem dinheiro para isso. A internet ? Ainda é a discada e muito lenta. Todavia, Havana e Varadero são maravilhosas! Tive também a oportunidade de conhecer a cidade de El Cobre, e o Santuário de Nossa Senhora da Caridade do Cobre.
Quem sabe em algum dia vamos um bom tempo em Cuba. Depois que o Fidel Castro bater as botas? Não sei, é imprevisível, assim como o futuro de Cuba .

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Mon Quartier

Falando em Manaus, falando em Mercado Adolpho Lisboa, e em Les Halles, informo a todos que moro no Les Halles, quartier (bairro) situado no 1er arrondissement de Paris (48°51′46″N 2°20′40″E / 48.86278, 2.34444). Situado no coração da cidade, tem o nome de Les Halles (Os Mercados), então chamado de Mercados de Paris, que existiam até ao início dos anos 1970. Hoje, este vasto mercado foi substituído por um parque, um centro comercial subterrâneo, o Fórum Les Halles e por pontos consagrados ao lazer (piscine, cinema). A estação de metrô RER Châtelet - Les Halles, situa-se exatamente debaixo do complexo, é a maior estação subterrânea do mundo e permite um acesso à toda região parisiense. Moro, exatamente, na rua cujo o nome é Les Halles, aussi!

Manaus, a Paris dos Trópicos

Manaus, 1900.
A cidade vive a pujança do 1o Ciclo da Borracha, e pelo qual é o centro de todo o processo. Se outrora, quanto ao seu aspecto urbano, Manaus é conhecida por sua simplicidade, agora, toda a cidade é um verdadeiro canteiro de obras: praças são abertas, ruas e avenidas feitas, aterros e escavações são realizadas e, construídas magníficas pontes, como as pontes da Cachoeirinha e da Cachoeira Grande, importadas da Europa.
Em ritmo acelerado, Manaus e sua paisagem vão mudando. É uma cidade urbanizada, a primeira do Brasil, tem luz elétrica, redes de água encanada e esgotos, e bondes elétricos sob a administração da Manaós Railway Company. O Mercado Adolpho Lisboa, construído em "art nouveau", sua estrutura em ferro fundido e forjado, com pórtico de ferro rendilhado e vitrais, é uma réplica do Les Halles de Paris! No Porto de Manaus, atracam navios das grandes cidades da Europa e dos Estados Unidos, trazendo para os palcos do Teatro Amazonas, inaugurado poucos anos antes, óperas, orquestras e artistas internacionais, como Sarah Bernhardt e Enrico Caruso. Manaus, a cidade nas selvas com estilo e requinte europeu, vivia a Belle Époque. Era a concretização do projeto arquitetônico de uma proposta mais abrangente e avalassadora: a europeização da cidade, e consequentemente, uma redefinição de sua identidade calcada nos ideais de modernidade e civilidade. Logo, merecidamente a denominaram "Paris dos Trópicos".
Sabendo disso, o Peter, de vez em quando pra tirar um sarro com minha cara , que eu sei, diz que sou sua "parisiense dos trópicos".

Vatapá à Moda Parisiense

Num belo dia, meu deu uma vontade enorme de comer vatapá. Então fui à caça da receita na Internet e me deparei com esta deliciosa receita da Norma, minha conterrânea lá de Manaus, bem ali! Claro que tomei a receita como uma base, não segui ao pé da letra, fazendo várias substituições quantos aos ingredientes, mas minha receita é simples, barata e fiel à culinária brasileira. E logicamente, como um bom vatapá, não faltou o sagrado azeite-de-dendê, que encontrei num pedacinho da África em Paris, o Chateau Rouge. Outro dia eu falo um pouco sobre ele. Eu adorei o vatapá! E o maridão também! CULINÁRIA Receitas - Vatapá à Moda Cabocla - Portal Amazônia

sexta-feira, 16 de novembro de 2007